quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

SEMANA 02:STANISLAVSKI E A ARTE DA ATUAÇÃO: INTRODUÇÃO


Foto retirada do site http://www.neelic.com.br/blog/?p=177
"O sistema de Stanislavski representa um corte abrupto com o ensino tradicional e um retorno às verdadeiras experiências teatrais. É uma tentativa de analisar o que realmente acontece quando um ator representa. Teatro e atores diversos realizaram trabalhos de extrema importância com base em princípios propostos por Stanislavski. Esses trabalhos nunca são cópias ou imitação uns dos outros, mas realidades criativas originais. Tal é o propósito do sistema de Stanislavski, que ensina não como interpretar este ou aquele papel, mas sim como criar organicamente".
Re: Discutindo Stanislavski por Jucélia Ferreira Rocha - quarta, 28 outubro 2009, 17:49

"Para aqueles que não são capazes de crer, existem os ritos; para aqueles que não são capazes de inspirar respeito por si mesmos, existe a etiqueta; para aqueles que não se sabem vestir, existe a moda; para aqueles que não sabem criar, existem as convenções e os clichés. É por isso que os burocratas amam os cerimoniais; os padres, os ritos; os pequeno-burgueses, as conveniências sociais; os galanteadores, a moda; e os atores, as convenções teatrais, os estereótipos e um inteiro ritual de ações cénicas."
(Konstantin Stanislavski)
Re: Discutindo Stanislavski por Jucélia Ferreira Rocha - quarta, 28 outubro 2009, 17:55

Licenciatura em Teatro do Programa Pró-licenciatura. UnB/UNIR/MEC
Módulo História do Teatro 2
Professor : Marcus Mota
Aluna Jucélia Ferreira Rocha


NOS MEUS ESTUDOS SOBRE CONSTANTIN COMPARTILHO COM TODOS
FONTE:
http://www.neelic.com.br/blog/?p=177
CONSTANTIN STANISLAVSKI (1863 – 1938)



Nascido numa família rica. Logo no início de sua carreira (provavelmente com o intuito de preservar o nome da família, posto que a atividade de ator não era bem vista), adotou o sobrenome Stanislavski. Em algumas traduções seu nome é escrito ‘Konstantin Stanislavsky”.
Foi no Teatro de Arte que começou a desenvolver o que depois ficou conhecido como “Sistema Stanislavski”, baseado na tradição realista de Aleksandr Pushkin. Autor de livros imprescindíveis para qualquer ator, como “A Construção do Personagem”, “A Preparação do Ator”, “A Criação de um Papel”, “Manual do Ator” e “Minha Vida na Arte”, foi um dos grandes filósofos teatrais que, durante toda sua vida se dedicou ao teatro russo. Seguidor do gênero naturalista, Stanislavski tornou-se um ator de renome em seu país, criando uma técnica primorosa sobre interpretação.
Stanislavski defendia a ilusão do espectador, argumentando que os efeitos cênicos causam interação com a platéia, deixando-a mais envolvida pela esfera mágica da peça teatral. E defendia a interação com público de uma maneira muito prática: para ele, o público tem que sentir as mesmas emoções que o personagem sente, de forma que, para isso acontecer, é necessário o perfeito entrosamento entre todos os elementos que constituem uma peça teatral.
O “sistema” Stanislavski tem sido adaptado, de uma forma ou de outra, por muitas escolas e correntes de atuação, entre elas a conhecida como Método, cujo principal praticante e sumo sacerdote é Lee Strasberg, diretor do New York Actor’s Studio. Foi ele, juntamente com Harold Clurman, que difundiram ativamente o sistema Stanislavski nos Estados Unidos, e é aí que se pode afirmar que o Método levantou seus pilares. Os difusores do Método obtiveram suas primeiras noções das teorias de Stanislavski da tradução da senhora Hapgood. Esta tradução, todavia, não expressa o ponto de vista sempre vacilante de Stanislavski sobre a arte de atuar.
Stanislavski é um teórico muito criticado e muito admirado no meio teatral, pois deixou um legado extremamente importante para as futuras gerações que buscam nele as formas básicas de se interpretar de maneira coerente e condigna. Com imensa influência sobre grandes artistas e intelectuais de sua época, entre eles, os conterrâneos Meyehold (1874 – 1940), criador da Biomecânica da arte dramática, e Tchekhov, Stanislavski atuou no Teatro de Arte de Moscou, onde encenou grandes espetáculos de Tchekhov e outros brilhantes dramaturgos. Dois destaques: em “As Três Irmãs”, interpretou Verchinin, em “O Jardim das Cerejeiras”, fez Goev. O seu Método das Ações Físicas teve diversos seguidores, nas várias fases em que foi desenvolvido.

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